A saudade me invade toda vez que me lembro das nossas caminhadas pela orla da praia. Foram poucas vezes que desfrutamos dessa alegria ao som das ondas do mar, das folhas das árvores batendo ao vento.
Estava sozinha almoçando num restaurante em frente à praia e não pude deixar de recordar desses momentos inesquecíveis que convivi com o Vitor durante o nosso namoro.
Resolvemos terminar tudo antes mesmo de sua partida definitiva. Foi bom assim porque cada um precisava estar livre para se dedicar aos estudos, para planejar e tomar decisões para o futuro.
Havia conversado com meus pais no final de semana passado e como era de se esperar já desconfiavam que isso estivesse por acontecer. Deram os seus conselhos o que escuto e concordo em parte. Eles quase não estavam presentes na minha vida. Os negócios os absorviam demais e ainda mais com a chegada das festas natalinas.
Em virtude disso resolvi ter minha própria vida e ir morar sozinha. Precisava do meu espaço, de tomar as minhas decisões e assumir os meus erros e acertos. Precisava crescer por completo, me sentir adulta e totalmente dona de mim. Quando comuniquei da minha vontade, já que ainda dependo deles para sobreviver, houve uns senões até que concordaram.
Estariam desocupando um apartamento que estava alugado para que eu fosse morar nele. Fiquei muito feliz por ser um apartamento perto da praia e por estar dando o primeiro passo para a minha independência.
Estava sentada ainda a mesa do restaurante e enquanto admirava a paisagem começava a planejar a minha vida. Agradecia por ter essa oportunidade de ir morar sozinha porque meus pais tinham condições para me permitir realizar esse sonho.
Por outro lado tinha que corresponder à confiança que me depositavam. Papai mesmo disse ser uma ajuda inicial para que eu me colocasse no mercado, lutando para estabilizar-me financeira e profissionalmente.
Já estava com algumas entrevistas de emprego agendadas e queria conseguir uma colocação antes do término do estágio. Estando empregada já poderia pensar em um curso de extensão para me especializar. Havia os concursos públicos o que tinha que me dedicar com mais afinco porque a disputa era acirrada.
Apesar de estar só estava feliz de alguma forma, mas sentia saudades de tudo. Saudades de seus carinhos, de seus beijos, de sentir seu corpo, de sua voz, de seu cheiro. Estava novamente a pensar em Vitor e não podia evitar porque um sentimento não se apaga com outras alegrias e sabia que só o tempo é que se encarregaria de transformar essa saudade em uma simples lembrança do passado.
O tempo estava fechado e ventando muito dando a certeza de que teríamos uma noite com fortes chuvas. Fui pedindo logo a conta para poder chegar a casa antes da chuva.
Como gostava de estar em casa em dia de chuva sentindo o cheiro da terra molhada, ouvindo a água cair, o tempo a passar, os pensamentos a voar nos embalando para uma noite tranqüila e na esperança de um lindo amanhecer.
Participação 17a. Edição - Projeto In Verbis
"Viajo sozinha com o meu coração.
Não ando perdida, mas desencontrada. Levo o meu rumo na minha mão.
(Cecília Meireles)
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***Para os que acompanham as minhas participações no In Verbis comecei a contar uma história que vem continuando em cada edição como um novo capítulo. Cada participação tem um conto diferente , mas o personagem é único e vem se desenvolvendo conforme vão surgindo as fases de sua vida.*** Para lerem desde do início os capítulos anteriores é só acessar na página SAGA DA RAQUEL.
Imagens de minha autoria _ irene.sm
IRENE QUERIDA...
ResponderExcluirADOREI O CONTO, VC FOI MARAVILHOSA AO NARRA-LO.
PARABÉNS.
TENHA UM FERIADÃO MARAVILHOS.
BJUIVOS NO SEU CORAÇÃO.
LOBA.
Irene.
ResponderExcluirSeu conto é doce, cheio de vida envolvendo os personagens de forma real...
beijos
heli
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirIRENE..
ResponderExcluirVOLTEI APÓS LER A SAGA ...ADOREI.
VITOR VOLTARÁ PRA SE CASAR COM ELA???
RSR
ESPERO ANCIOSA O PRÓXIMO CAPITULO.
BJUIVOS NO CORAÇÃO.
LOBA.
Parabéns pelo seu lindo e maravilhoso texto. Como é bom poder deixar o coração flar de amor, das coisas que nos dá saudades...
ResponderExcluirSão momentos que não voltam mais. Parabéns, amiga.
Agradeço o selo, a visita e a nossa amizade.
Um grande abraço,
Sandra
Essa saga está cada vez melhor e bem inspirada sempre!
ResponderExcluirGostei!Boa sorte!
beijos,tudo de bom,chica
Pronto, já não consigo perder um episódio, e este estava a ler com tanto interesse que me pareceu até mais pequeno do que os outros...snif!
ResponderExcluirBEIJOSSSSSSSSSSSSSS
Olá Irene!
ResponderExcluirÉ lindo como nos faz viajar, nos leva aos lugares dos acontecimentos, ler-te me encanta...
Bjs
Mila
ÀS VEZES É PRECISO COMEÇAR DE NOVO. E DAR OUTRO RUMO À VIDA,CUSTA SEMPRE MAS VALE A PENA TENTAR.
ResponderExcluirBEIJO
MUITO OBRIGADA PELOS TEUS COMENTÁRIOS TÃO SIMPÁTICOS.
ResponderExcluirBOM DOMINGO E UM BEIJINHO
vou voltar pra saber mais...rs
ResponderExcluirbeijo!!
Oba, quanta felicidade em tê-la por perto!
ResponderExcluirTenha certeza que vc conquistou uma grande amiga!
Olha, também já vivi a partida de alguém, durante o ápice do amor. Ele foi morar na Espanha, saciar suas ambições. Hoje percebo o quanto toda a dor e sofrimento ocasionados com o afastamento me fizeram crescer e amadurecer. Toda dor é útil de alguma forma. Nem que seja para evitarmos nos machucar novamente! rsrs...
Você é uma grande mulher, sabe? percebo que é bastante especial. feliz por ter "colhido", por mais esse presente gostoso que Deus me deu.
Seja bem vinda ao Clube!
Saiba que sempre, sempre estarei por aqui!
Xero!
Amiga,
ResponderExcluirAdorei o texto e quero ler os outros.
Um beijo de luz.
Tenha um excelente feriado.
É a música que surpreende
ResponderExcluirÉ a emoção dos anjos
E a alma na audição.
Dhenova
Feliz semana e beijos meus!M@ria
Nas bah, Irene.
ResponderExcluirSenti sua falta no Palavras Mil, desta semana...Sentar em frente ao mar sempre nos traz lembranças...
Seu conto faz uma bela leitura desta situação, mostra que a vida é como as ondas na praia; um eterno recomeçar...
Abração.
Gostei muito do texto... gostaria de saber mais... seu texto me deixa com desejo de conhecer mais dessa história... excelente.
ResponderExcluirIrene, querida!
ResponderExcluirEu AMO chuva! Cheiro de terra molhada, da água caindo... trovões, ventos... tempestades! uuuuhhh! Amooooooo!
Ótimo conto!
Tem fotos lá no blog. Acabei de atualizar.
Beijo grande pra vc!
Esta página da tua vida é lindissima! Tantos sonhos arquitectados com a independência de um apartamento... Sei a responsabilidade que é mas tambem o orgulho de sermos donas de nós próprias e ainda mais quando financeiramente não se depende de ninguem...É uma sensação indescrtível!
ResponderExcluirVou continuar a acompanhar esta história.
Mil beijos
Graça
Oi,Irene
ResponderExcluirVc sempre participando. Legal!!!
Cheguei hoje da roça e venho ver as suas novidades...
Tive por lá dias felizes e espero que os seus também o tenham sido.
Fique com Deus,tenha paz e amor!!!
Bjm
Querida Irene!
ResponderExcluirAcho que já perdi o fio à meada, vou ter que voltar atrás.
Desculpa a ausência... tu sabes que com o filho cá em casa sobra menos tempo para os amigos.
Hoje ele fez 32 anos :))))
Está quase a partir, vai dia 18 logo de manhãzinha :(((
Prometo-te que virei ler tudo, tudinho, como mereces e sei que vou adorar, como sempre!
Beijos doces como tu.
Ná
Suave melodia
ResponderExcluirNoite e noite dia e dia
Afeição na parceria
Emoção pura e tranquila
Dhenova
Feliz dia´... Beijos na alma! M@ria
AMEI O TOM INTIMISTA DO TEXTO.
ResponderExcluirIrene
ResponderExcluirE lindo mas eu não queria que ela ficasse sozinha não. Queria que morasse com os pais.
Com carinho Monica
Querida Irene!
ResponderExcluirMinha amiga querida!
Que belo conto!
Como é bom ler-te!
Há o estar só e o sentir-se sozinha.
Espero que a tua personagem nunca saiba o que é a solidão.
Vou começar a ter mais tempo para ti.
O Pedro parte dia 18 às 10 da manhã e eles não me deixam ir ao aeroporto.
Já há um clima de alguma nostalgia no ar.
Sabes certamente do que falo.
Mas nada de tristezas, vale sempre a pena, mesmo que fosse só um dia.
Amiga, eu e outras amigas, também recebemos a visita desses "nojentos".
O Comentário estava em Spam e foi logo para o lixo. Depois de várias tentativas consegui limpar aquela imagem nojenta dos seguidores, bloqueando-os.
O que mais me choca, é que eu tive o meu Blog bloqueado por ter supostamente usado de linguagem obscena, e estes ordinários andam por aí livremente na Net.
Que raiva!
Beijinhos
Ná
PS.
Também estive no teu novo Blog, mas não tinha como comentar.
Volto lá agora.
Hey, Irene!
ResponderExcluirEstou organizando um amigo secreto de livros no Universo Literário.
Vamos participar?
Vai ser legal!
Corre lá!
http://universoliterario1.blogspot.com/
A maturidade traz consigo alguns desafios duros, algumas escolhas difíceis e, tanto mais maduros estaremos quanto mais acertadas forem as decisões. Cenários da vida desfilando por aqui.
ResponderExcluirMas hoje não passei para comentar... Passei para agradecer-lhe a presença viva lá no Caminhar! Estive fora por quase três semanas, impedido por problemas, escolhas equivocadas, desencontros não solicitados e agora um problema técnico (meu pc pifou e com ele se foi quase tudo que estava organizado para o blog). Ainda assim, tão logo o notebook seja consertado, voltarei às visitas e aos comentários.
Por enquanto, quero apenas dizer-lhe obrigado! Está valendo! O carinho, a pertença e a cumplicidade oferecidos fazem a diferença. Significam muito!
Meu carinho a você, Irene!
Querida parabéns pelo seu conto, estou acompanhando viu!
ResponderExcluirBeijos, ótima quinta-feira a vc
Lindo Irene!!!
ResponderExcluirQuantas decisões temos que ir tomando ao longo da vida!!E nem todas são fáceis!!Raquel é corajosa e decidida e isso faz toda a diferença!!
Eu morei um tempo com minha irmã num apartamento, nossa independência,amei aquele período, foi um doa melhores da minha vida!!
Beijos pra ti!
Estou gostando muito da história!