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domingo, 10 de julho de 2011

" Tenho o mundo em minhas mãos "


Tenho o mundo em minhas mãos
Procuro um lugar onde possa viver
Com liberdade e sem nada a temer
Sem medo e com amor no coração.

Não compreendo ainda quem sou,
Mas estou a procura de mim
Não importa para que lugar eu vou
Quero achar alguém que cuide de mim.

Quero ser levada pela emoção
Pela beleza do lugar me encantar
Encontrar uma grande paixão
Que me ensine à magia de amar.

Podem surgir dias de tempestade
Que me levem a sentir tristeza
Que me façam mudar de vida
Indo para outro lugar distante.


ism_rs


12ª Edição Sentimento
Tema: ter em mãos






domingo, 3 de julho de 2011

" Cuidado faz parte da Vida "


Vocês sabem qual a sensação quando acabamos de tirar a habilitação e recebemos a nossa Carteira de Motorista? Uma sensação de liberdade misturada com felicidade.

Foi assim que me senti e tudo ficou completo quando ganhei do meu marido o meu primeiro carrinho. Era uma Brasília um pouquinho gasta, mas era o meu “Calhambeque” que me levou a muitos lugares apesar de tantos quilômetros rodados. Não era uma Brasília amarela igual a dos “Mamonas Assassina”, mas era a minha pérola. Como passei momentos divertidos dirigindo o meu velho carrinho que dava para o gasto e me sentia até a “Senhora Buscapé” andando no seu Calhambeque antes de viver em Beverly Hills.

Diariamente ia trabalhar de carro procurando dirigir com cuidado adquirindo segurança e confiança com o passar do tempo. Seguia rigorosamente todas as instruções das aulas de direção. Regulava o banco, olhava os retrovisores para ter melhor visibilidade dos carros que vinham na traseira e não deixava de verificar o combustível, pois uma vez o maridinho vacilou e ficamos no meio do túnel sem uma gota.

Os dias transcorriam na mesma rotina até ter que comparecer a reunião de pais no colégio de meu filho. Sai um pouco mais cedo do trabalho e lá fui, num final de tarde, subindo a Serra que me levaria a Escola.

Seguia calmamente pela direita escutando uma música suave quando avistei saindo da curva dois carros, sendo um taxi, na contra mão. Cheguei a reduzir, mas segui em frente porque imaginei estarem no caminho errado e não tendo retorno fizeram essa barbeiragem.

Quando termino de fazer a curva encontro a minha frente um caminhão de carga com um homem caído no chão e do lado uma caminhonete com as quatro portas abertas. Fiquei sem entender muito bem e com o pé no freio, pois estava numa subida, vejo um homem forte com uma arma na mão vindo em minha direção.

Minha boca secou, meus olhos arregalaram, minhas pernas tremiam... Ele foi chegando com aquele revolver... O carro foi deslizando e eu vendo tudo em câmara lenta. Estava em pânico que nem o som de suas vozes eu ouvia, me sentia no meio de uma cena de filme de bandido no tempo do cinema mudo.

Sabe por que sobrevivi na noite em que me fizeram isso? Porque a minha reação foi zero, fiquei paralisada e só me lembro de ter olhado pelo retrovisor e avistado uma moça num Monza preto. Depois disso foi um desespero, pois chegou a polícia atirando para todos os lados que parecia estar no meio de uma guerra.

Apesar de toda a cautela e de todos os cuidados nunca estamos livres de nos deparamos com uma situação dessas. Como tive sorte, pois os bandidos correram para se defenderem e eu fiquei agachada junto aos pedais do meu velho carrinho que me protegeu dos tiros e permitiu que eu estivesse aqui contando essa história.

Foram momentos terríveis e confesso que não parava de rezar e só conseguia pensar no meu filhinho que estava lá me esperando.


"Quando olho para o meu passado, encontro uma mulher bem parecida comigo - por acaso, eu mesma - porém essa mulher sabia menos, conhecia menos lugares, menos emoções." 
( Martha Medeiros )

11ª Edição Sentimento
ter "cuidado"

sábado, 28 de maio de 2011

" MEDO DE CRIANÇA"

Como posso olhar para as “crianças” dessa imagem e sentir pena, chamar de coitados, de abandonados, de largados neste mundo a própria sorte, entregues ao vício, a malandragem, se o que mais sinto é medo?

Medo sim de ver essas “crianças” te cercarem chamando de tia e, com a maior normalidade, te espetarem uma gilete nas costas e levarem a sua bolsa, seu relógio - não importa – que levem tudo, mas que me deixem em paz.

Como posso chamar de criança a essas criaturas que agem como adultos e a maestria dos mais perigosos dos marginais?

Como posso chamar de criança a esses pequenos seres que vendem a própria alma por um pedaço de “veneno” que os destrói a cada dia?

Desculpem se as palavras que aqui escrevo possam estar parecendo que sou uma mulher fria, cruel, injusta e com um coração de pedra, mas não sou. Sou uma mulher sensível, justa, amiga, super mãe e esposa que foi educada nos princípios que primam pelo amor ao próximo, pela educação e respeito às crianças e aos mais velhos.

Uma educação que não me preparou para criar defesas contra a marginalidade que foi surgindo e usando como armas as inocentes crianças que hoje transbordam as ruas e assombram a todos.

Educados para um mundo que hoje não existe mais e agredidos por uma violência que não sabemos nos defender. Violência essa que nos leva, sem mais nem menos, a sermos acometidos pelo “medo” em forma de síndrome que surge sem pedir.

Com muito amor da família, apoio médico e psicológico vamos aprendendo a controlar, a conviver, a nos defender, a evitar, mas “ele” continua mesmo que pequenino, continua em forma de sombra em nossa vida.

Como gostaria muito de ter a solução para abraçar essas “crianças” e transformá-las em crianças de verdade que pudessem ter uma família para amar, um lar para morar, uma escola para estudar, amigos para brincar e crescerem vendo um mundo cheio de vida e cores mostrando a sua frente um grandioso futuro.

Gostaria muito, mas essa solução não pode partir da vontade de um cidadão indefeso, e mesmo de um grupo despreparado. Existem muitas comunidades que hoje atuam num lindo trabalho de recuperação, mas poucos são os que conseguem se salvar.

Muitos trabalhos que começam a ser feito desde cedo nas escolas, nas comunidades tem já dado um resultado melhor ocupando os menores com atividades esportivas, educacionais, enfim procurando aliviar um pouco essa triste realidade.


Irene Moreira
6ª Edição Sentimento
texto já postado anteriormente
imagem Net

sábado, 7 de maio de 2011

"SAUDADES "


Saudades do tempo que brincava de boneca
Sempre junto com a minha melhor amiga.

Amiga do coração e de todas as horas
Amiga das bagunças e brincadeiras.

O tempo passou e nossa vida mudou
Minha amiga a namorar começou.

Depois de um tempo ela casou
E comigo não mais brincou.

Apesar de ainda muito jovem
Engravidou esperando um neném.

Seu corpo mudou
A barriga cresceu
Mas continuou
Com seu boneco
Dormindo abraçado.

Será para sempre minha amiga
Só que agora a sua boneca
Não é mais um brinquedo
E sim na verdade é um menino
Que  de mamãe a chama.

Irene Moreira
4a. Edição Sentimento
Projeto Suas Palavras

O poema foi inspirado num fato real de uma amiga de infância que casou aos 15 anos e foi feliz em seu casamento e teve dois filhos. Há algum tempo atrás muitas jovens casavam cedo por escolha das próprias famílias ou até mesmo por motivos de gravidez indesejada e muitos outros. Mamães jovens demais que passavam a cuidar da casa e a criar e educar seus filhos, deixando de lado os brinquedos e o desejo de ser criança.

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