Vocês sabem qual a sensação quando acabamos de tirar a habilitação e recebemos a nossa Carteira de Motorista? Uma sensação de liberdade misturada com felicidade.
Foi assim que me senti e tudo ficou completo quando ganhei do meu marido o meu primeiro carrinho. Era uma Brasília um pouquinho gasta, mas era o meu “Calhambeque” que me levou a muitos lugares apesar de tantos quilômetros rodados. Não era uma Brasília amarela igual a dos “Mamonas Assassina”, mas era a minha pérola. Como passei momentos divertidos dirigindo o meu velho carrinho que dava para o gasto e me sentia até a “Senhora Buscapé” andando no seu Calhambeque antes de viver em Beverly Hills.
Diariamente ia trabalhar de carro procurando dirigir com cuidado adquirindo segurança e confiança com o passar do tempo. Seguia rigorosamente todas as instruções das aulas de direção. Regulava o banco, olhava os retrovisores para ter melhor visibilidade dos carros que vinham na traseira e não deixava de verificar o combustível, pois uma vez o maridinho vacilou e ficamos no meio do túnel sem uma gota.
Os dias transcorriam na mesma rotina até ter que comparecer a reunião de pais no colégio de meu filho. Sai um pouco mais cedo do trabalho e lá fui, num final de tarde, subindo a Serra que me levaria a Escola.
Seguia calmamente pela direita escutando uma música suave quando avistei saindo da curva dois carros, sendo um taxi, na contra mão. Cheguei a reduzir, mas segui em frente porque imaginei estarem no caminho errado e não tendo retorno fizeram essa barbeiragem.
Quando termino de fazer a curva encontro a minha frente um caminhão de carga com um homem caído no chão e do lado uma caminhonete com as quatro portas abertas. Fiquei sem entender muito bem e com o pé no freio, pois estava numa subida, vejo um homem forte com uma arma na mão vindo em minha direção.
Minha boca secou, meus olhos arregalaram, minhas pernas tremiam... Ele foi chegando com aquele revolver... O carro foi deslizando e eu vendo tudo em câmara lenta. Estava em pânico que nem o som de suas vozes eu ouvia, me sentia no meio de uma cena de filme de bandido no tempo do cinema mudo.
Sabe por que sobrevivi na noite em que me fizeram isso? Porque a minha reação foi zero, fiquei paralisada e só me lembro de ter olhado pelo retrovisor e avistado uma moça num Monza preto. Depois disso foi um desespero, pois chegou a polícia atirando para todos os lados que parecia estar no meio de uma guerra.
Apesar de toda a cautela e de todos os cuidados nunca estamos livres de nos deparamos com uma situação dessas. Como tive sorte, pois os bandidos correram para se defenderem e eu fiquei agachada junto aos pedais do meu velho carrinho que me protegeu dos tiros e permitiu que eu estivesse aqui contando essa história.
Foram momentos terríveis e confesso que não parava de rezar e só conseguia pensar no meu filhinho que estava lá me esperando.
"Quando olho para o meu passado, encontro uma mulher bem parecida comigo - por acaso, eu mesma - porém essa mulher sabia menos, conhecia menos lugares, menos emoções."
( Martha Medeiros )
11ª Edição Sentimento
ter "cuidado"
Nooossa, que sufoco,Irene!Doeu em mim essa! Imaginei a situação! Linda participação!beijos,chica
ResponderExcluirQue sensação horrível...
ResponderExcluirAinda bem que passou, não é?!
Paz e bem
rsrs me acalmou muito, levando em conta que eu tirei minha hbilitação há uns dois meses. Caramba eu nem sei o que faria, talvez fizesse tudo errado por conta do desespero, mas sabemos que em horas assim é só rezar.
ResponderExcluirParabéns pela calma.
Meu Deus, que história terrível! Eu acho que desmaiava e perdia o controle do carro totalmente. Foste uma mulher de sangue frio e valente.
ResponderExcluirRealmente há coisas que acontecem na nossa vida que não dá para esquecer!
Mas é tudo isto que enriquece a nossa jornada por aqui.
Bjs e boa semana.
Graça
Minha Querida Amiga Irene,
ResponderExcluirQue grande susto deve ter tido... Sinceramente não sei o que faria numa situação dessas! Ainda bem que acabou em beleza par nos contar o sucedido!
Um beijinho muito amigo.
Desculpa Irene,
ResponderExcluirmas a gente divide o trabalho
logo estará postado.
bjos e parabéns
Irene,
ResponderExcluirImagino que não seja ficção esse tremendo susto! Pesadelo! O melhor é que nada aconteceu com você.
Eu também tive meu carro amarelo velhinho, uma belina, por muitos anos. carregava nela o time inteiro de basquete da minha filha e do meu filho. Era uma farra. saudade!
Excelente semana.
Girassóis nos seus dias!
Beijo
Puxa, suei frio. Na última ida para a Bahia um pneu de caminhão caiu da carrorecia em nossa direção...fiquei vendo aquele pneu vindo e vindo, a camionete que estava em nossa frente passou por cima dele, ele se projetou para o outro lado Graças a Deus e deixou que seguíssemos em segurança. Dois anos do Blog, vamos comemorar com PROMOÇÃO?! http://zambiameularbrasilmeujardim.blogspot.com/2011/07/aniversario-do-blog-e-promocao.html
ResponderExcluirCerta vez eu estava voltando da escola e uma senhora com duas crianças me pediram carona. De até a cidade.
ResponderExcluirNo outro dia nommesmo lugar tornaram a me parar. Era o marido dizendo pra onde tinha ido sua esposa que tinha fugido com as crianças? Falei que tinha deixado perto da rodoviaria.
E até hoje não sei se o homem conseguiu a mulher de volta.
Mas nunca mais dei carona.
com carinho Monica
Oi Irene,
ResponderExcluirdesculpa pela demora do teu selo
pode passar lá e pagar, ok?
Bjos e boa semana
Quando eu tirei a habilitação, minhas pernas tremiam cada vez que pegava o volante, depois acostumei.
Mas graças a Deus nunca enfrentei uma situação assim.
Irene,
ResponderExcluirTerrível o conteúdo dessa história, fiquei literalmente arrepiada.
Minha linda, seus blogs estão lindos, muito charmosos e com textos hiper agradáveis da gente ler. Muito obrigada pelos comentários carinhosos a mim deixados lá no Amadeirado. Bjkas com amor!!!
Irene, fiquei paralizada, como você. Ao ler, senti uma angústia e sequer posso imaginar minha reação,se fosse comigo! Ainda bem que aabou tudo bem, embora o tamanho do susto tenha sido imenso!
ResponderExcluirPor isso devemos sempre contar com a proteção Dele!
Beijo!
(a moça do chapéu, ao volante, é você? Gosta mesmo de usar chapéu? Acho lindo, mas não uso.)
Beijo!
Nossa, vc foi contando e eu fui lendo, lendo e vivi junto contigo toda essa emoção. Que sufoco querida! Ufa...ainda bem que terminou tudo bem.
ResponderExcluirBjs
Olá, querida Irene
ResponderExcluirMe fez lembrar do meu fusquinha branco 72... saudade dele até hoje...
Vc desenvolveu originalmente o TER CUIDADO proposto... Muito bom!!!
Bjs de paz
Uma situação que ninguém espera acontecer, mas as vezes com todo cuidado que temos, ainda assim podemo ser pegos derepente... e tudo pode acontece, dependendo muito de nossa reação. Felizmente vc se saiu bem, ufa!! Bjs.
ResponderExcluirNossa!! Que situação!! Eu no seu lugar estaria rezando até hoje!! :)
ResponderExcluirBeijus,