Já era noite quando saí de casa e decidi ir à festa de aniversário da Inês, colega da faculdade. Desde que fui convidada para o seu aniversário sabia que toda a turma estaria presente e era o papo constante nos intervalos das aulas.
Estando no último ano do curso o meu tempo era todo ocupado com estágio onde já atendia a alguns clientes acompanhando nas audiências. Faltava pouco para realizar o meu sonho de ser advogada. Estava estudando muito, preparando minha monografia e também para as provas de alguns concursos públicos que havia me inscrito tentando conseguir uma vaga.
Estava concentrada nesse objetivo e procurava não pensar na atração que ainda sentia pelo Vitor. Estávamos sempre juntos na faculdade e a nossa turma era muito unida, e o que demonstrava sentir por mim era simplesmente amizade. Foi para não sofrer com esse amor não correspondido que me concentrei na minha formação profissional.
Já tinha decidido que não iria a essa festa e saberia inventar uma desculpa quando chegasse à hora, mas minha mãe me venceu no cansaço. Depois de muito a ouvir falar que eu deveria ir, que não podia viver fugindo, deixando de aproveitar a vida, conhecer outras pessoas, resolvi ir.
Quando cheguei à festa já estava super animada. Inês muito alegre veio me receber, nos abraçamos e ela falou baixinho no meu ouvido:
- O Vitor já perguntou por você uma duas vezes. Raquel não vou deduzir nada, mas acho que isso é mais do que amizade. Muito contente ela pegou na minha mão e me levou para o salão onde estavam todos dançando e se divertindo.
Quando me viram começaram a gritar, me puxaram para dentro da pista onde ficamos dançando e tentando falar, mas ficava só no movimento labial, pois o som estava nas alturas.
Estar ali naquela noite parecia estar vivendo um sonho. Vitor chegou todo alegre, bonito e charmoso ficando do meu lado o tempo todo. Dançamos a noite toda, abraçados, envolvidos pela música e acabamos nos entregando aos sentimentos tanto tempo guardados em nossos corações. Vitor me abraçou forte, chegou bem perto do meu rosto e me beijou ardentemente e assim continuamos por um tempo sem dimensão. Falamos sobre tantas coisas, trocamos carinhos, fizemos juras de amor e quando menos esperava já amanhecia o dia. Caminhamos pela rua até o estacionamento onde estava o carro do Vitor que me levou para casa ficando de ligar mais tarde para combinarmos de sair novamente.
Estava cansada, meu corpo adormecido, mas estava tão feliz que não conseguia dormir e acabei indo deitar no sofá da saleta ficando horas fitando o infinito, olhando para o vazio. Meus pensamentos viajavam por um mundo encantado, meu coração batia forte e estava anestesiada pelo amor.
Quanto havia sonhado por este momento e agora era real. Quanta felicidade por estar ali podendo, pela primeira vez em minha vida, ver que a jovem apaixonada havia se transformado numa mulher cheia de amor.
Autoria *Irene Moreira
Participação 14a. Edição
"Amar, porque nada melhor para a saúde que um amor correspondido."
(Vinícius de Moraes)
***Para os que acompanham as minhas participações no In Verbis comecei a contar uma história que vem continuando em cada edição como um novo capítulo. Cada participação tem um conto diferente , mas o personagem é único e vem se desenvolvendo conforme vão surgindo as fases de sua vida.*** Para lerem desde do início deixo os links das postagens anteriores *** Capítulo I - O Internato / Cápítulo II - O meu regresso" /Capítulo III - Um sonho de amor na primavera"
Imagens google /meme
Querida Irene, amiga minha!
ResponderExcluirQuanta doçura!
Tão lindo esse amor, contado maravilhosamente por alguém que só pode ser mesmo um doce.
Parabéns.
Beijos
Ná
Estou acompanhando os capítulos, só espero que a Raquel não se decepcione com o Vítor... tadinha... Um beijo, querida Irene!!!
ResponderExcluirÉ muito bom te ler sempre,Irene! Lindo como consegues discorrer tão bem...beijos,chica
ResponderExcluirMas bah, Irene.
ResponderExcluirVim agradecer a ajuda lá no Palavras Mil, obrigado pela gentileza.
Seu conto está ótimo; amor velho em namoro novo! Lindo! Parabéns e boa sorte.
Abração.
As "estórias" de Amor enternecem!
ResponderExcluirBeijo.
isa.
Viajeiro das perdidas madrugadas
ResponderExcluirNavegante de barcos de papel
Preso aos brandais desta Nau da esperança
Afugento a fome com pão e mel
Mato a sede na saliva das tuas palavras
Tempero o sentir com o sal das tuas lágrimas
Recolho uma flor que eclodiu do basalto
Gerado num vulcão de sete chamas
Doce beijo
OLÁ!
ResponderExcluirVim agradecer a visita, e decidi ficar...quero saber mais desta história de amor , contada de maneira tão cativante...
Vamos ver-nos mais vezes!
TERNURAS
BOA SEMANA!
Que lindo conto, Irene!
ResponderExcluirGostei mesmo. Parabéns!!!
Beijos na alma e uma semana abençoada!
Que lindo conto, Irene!
ResponderExcluirGostei mesmo. Parabéns!!!
Beijos na alma e uma semana abençoada!
A Raquel, antes menina desencontrada, agora vai se descobrindo mulher, se fazendo um ser humano sujeito às "coisas" deste mundo, como a paixão, por exemplo!
ResponderExcluirTambém, como a Deia, torço para que ela se faça mulher de muita força, decidida, autonoma e desperta para os refazimentos que lhe serão exigidos...
Meu carinho, Irene!
Tal como prometido já voltei cheia de curiosidade para ver como tudo tinha acontecido até ao capítulo lido ontem.
ResponderExcluirEstou presa como uma adolescente querendo saber como segue a felicidade da Raquel e do Vitor.
Já pressagio que casaram, tiveram principezinhos e são felizes até que a morte os separe.
Uma coisa é certa, estou presa e vou voltar para ler mais, e mais, e mais.
Beijosssssss
Olá, querida
ResponderExcluirSenti a saciedade do coração da mulher que ama e é amada... Lindo!!!
Bjs de paz
É tão bom ver o desabrochar do amor...enternece o coração e faz sonhar!!!Lindo Irene!!!
ResponderExcluirBeijos!