Peguei o telefone e disquei. Meu coração martelava enquanto a ligação era completada ansiosa em querer saber quem iria atender.
Como gostaria que fosse a mamãe, pois estava com muitas saudades e também preocupada pelo seu silêncio, por falta de notícias. A mamãe por mais que estivesse com sua vida super ocupada com os compromissos sociais ela nunca deixaria de me ligar, de responder aos meus emails, de dizer um oi pelo menos. Havia terminado o ano letivo e a maioria dos alunos foi passar as férias em casa e eu estava ali na expectativa de um contato para que pudesse ir para casa também.
Estava entregue a esses pensamentos que até me esqueci da ligação e me assustei quando uma voz estranha atendeu e fui logo falando:
- Alô quem está falando? Aqui é Raquel, filha da Rose ela está?
- É a menina Raquel que está falando? Aqui é a Maria José, a governanta e a sua mãe não está. Ela está hospitalizada fazendo um tratamento, mas está tudo bem. Quer deixar algum recado?
Fiquei muito assustada e queria saber o que estava acontecendo. Pedi a Maria José que avisasse que eu tinha ligado, que falasse ao meu padrasto para me mandar uma passagem para eu voltar e ficar do lado de minha mãe.
Essa notícia me deixou transtornada que até deixei cair o telefone. Sabia que algo estranho estava acontecendo e me sentia tão abandonada, presa naquele Internato em Londres, longe de todos e num mundo onde a única coisa que tinha que fazer era estudar, ler meus livros e, nas horas que era permitido, usar o computador.
Desde que papai havia falecido a minha vida mudou muito. A mamãe teve que assumir a empresa e já não sobrava muito tempo para mim. Depois de dois anos ela conheceu o meu padrasto, grande empresário também, e aí que minha vida virou do avesso.
Iniciando a minha fase de adolescente tudo ficava complicado e sempre estavam me proibindo disso e daquilo. Também reconheço que tenho o meu lado rebelde o que fez com que decidissem me colocarem num Colégio Interno no exterior, onde me dedicaria aos estudos, aprenderia a viver socialmente e ainda estaria nominando outro idioma.
Agora estava ali preocupada com a mamãe, com um medo enorme de perdê-la também e ficar sozinha no mundo. Passei dois dias que não dormia e nem comia direito e já havia falado com a Coordenadora que ficou de falar com meu padrasto.
Para minha surpresa uma semana depois o meu padrasto estava pessoalmente lá no Internato e tinha vindo me buscar. Fiquei assustada e perguntei logo pela mamãe. Ele falou que mamãe estava com câncer no seio, mas que estava melhor e se recuperando.
Concordou que era melhor eu estar do lado dela, pois perguntava por mim a todo instante, e eu estando por perto seria um remédio melhor que qualquer outro. Falou que a medicina estava avançada nesse tratamento e que tinha sido visto na fase inicial e agora era só a parte de quimioterapia o que maltratava muito, mas que em breve estaria curada.
Abracei o meu padrasto pela primeira vez, agradeci por ele ter vindo me buscar e pedi para que não precisasse voltar para o Internato. Estaria completando dezoito anos e queria estudar no Brasil, seguir uma carreira administrativa e trabalhar na empresa com minha mãe.
Deu um sorriso meio tímido e respondeu:
- Podemos pensar nisso mais para frente. Agora vamos cuidar de sua mãe Ok?
- Ok Pai, vamos cuidar da mamãe primeiro e depois voltamos a falar sobre isso.
Seguimos a viagem juntos onde comecei a conhecê-lo melhor e a enxergar melhor a vida.
Como gostaria que fosse a mamãe, pois estava com muitas saudades e também preocupada pelo seu silêncio, por falta de notícias. A mamãe por mais que estivesse com sua vida super ocupada com os compromissos sociais ela nunca deixaria de me ligar, de responder aos meus emails, de dizer um oi pelo menos. Havia terminado o ano letivo e a maioria dos alunos foi passar as férias em casa e eu estava ali na expectativa de um contato para que pudesse ir para casa também.
Estava entregue a esses pensamentos que até me esqueci da ligação e me assustei quando uma voz estranha atendeu e fui logo falando:
- Alô quem está falando? Aqui é Raquel, filha da Rose ela está?
- É a menina Raquel que está falando? Aqui é a Maria José, a governanta e a sua mãe não está. Ela está hospitalizada fazendo um tratamento, mas está tudo bem. Quer deixar algum recado?
Fiquei muito assustada e queria saber o que estava acontecendo. Pedi a Maria José que avisasse que eu tinha ligado, que falasse ao meu padrasto para me mandar uma passagem para eu voltar e ficar do lado de minha mãe.
Essa notícia me deixou transtornada que até deixei cair o telefone. Sabia que algo estranho estava acontecendo e me sentia tão abandonada, presa naquele Internato em Londres, longe de todos e num mundo onde a única coisa que tinha que fazer era estudar, ler meus livros e, nas horas que era permitido, usar o computador.
Desde que papai havia falecido a minha vida mudou muito. A mamãe teve que assumir a empresa e já não sobrava muito tempo para mim. Depois de dois anos ela conheceu o meu padrasto, grande empresário também, e aí que minha vida virou do avesso.
Iniciando a minha fase de adolescente tudo ficava complicado e sempre estavam me proibindo disso e daquilo. Também reconheço que tenho o meu lado rebelde o que fez com que decidissem me colocarem num Colégio Interno no exterior, onde me dedicaria aos estudos, aprenderia a viver socialmente e ainda estaria nominando outro idioma.
Agora estava ali preocupada com a mamãe, com um medo enorme de perdê-la também e ficar sozinha no mundo. Passei dois dias que não dormia e nem comia direito e já havia falado com a Coordenadora que ficou de falar com meu padrasto.
Para minha surpresa uma semana depois o meu padrasto estava pessoalmente lá no Internato e tinha vindo me buscar. Fiquei assustada e perguntei logo pela mamãe. Ele falou que mamãe estava com câncer no seio, mas que estava melhor e se recuperando.
Concordou que era melhor eu estar do lado dela, pois perguntava por mim a todo instante, e eu estando por perto seria um remédio melhor que qualquer outro. Falou que a medicina estava avançada nesse tratamento e que tinha sido visto na fase inicial e agora era só a parte de quimioterapia o que maltratava muito, mas que em breve estaria curada.
Abracei o meu padrasto pela primeira vez, agradeci por ele ter vindo me buscar e pedi para que não precisasse voltar para o Internato. Estaria completando dezoito anos e queria estudar no Brasil, seguir uma carreira administrativa e trabalhar na empresa com minha mãe.
Deu um sorriso meio tímido e respondeu:
- Podemos pensar nisso mais para frente. Agora vamos cuidar de sua mãe Ok?
- Ok Pai, vamos cuidar da mamãe primeiro e depois voltamos a falar sobre isso.
Seguimos a viagem juntos onde comecei a conhecê-lo melhor e a enxergar melhor a vida.
*Escrito por Irene Moreira*
Participação para 11a. Edição - Projeto In Verbis
(Léon Tolstoi)
A verdadeira família é aquela unida pelo espírito e não pelo sangue.
(Luiz Gasparetto)
(Luiz Gasparetto)
A M@myrene agradece o seu voto
Imagem Google
lINDO E BEM TRAMADO,IRENE!Maravilhoso o desenvolver do conto.Boa sorte,um beijo,tudo de bom,chica
ResponderExcluirParabéns amiga. Vim confeir conforme o seu convite. Super comovendo a hisótia.
ResponderExcluirParabéns e boa sorte, amiga.
Sandra
Um belo conto, Irene! Parece pronto ao prosseguimento, pois despertou curiosidade! Deu vontade de saber se as dores foram amenizadas, se os sonhos puderam ser realinhados e se o despertamento do respeito ou amor ao padastro se revelaram verdade. Que tal prosseguir?! (rsrs)
ResponderExcluirAbraços!
Só voltei para dizer-lhe que acabei de votar. E votarei mais vezes!
ResponderExcluirAbraços!
Interessante o conto Irene. Rebusquei em minha memória os meses que vivi em um internado, vixxe...
ResponderExcluirForte abraço querida amiga,
PARABÉNS,Irene.Fiquei feliz e não podia dar outro no 1º lugar! Adorei!beijos,lindo domingo,chica
ResponderExcluirConcordo plenamente com o Gilmar.
ResponderExcluirSeria muito legal e já imagino o que pode vir por aí!
beijos,boa sorte e inspiração(essa não te falta!)chica
Algumas dores parece que vem para corrigir o rumo da vida. Boa estória e bem contada.
ResponderExcluirbeijos
Querida amiga Irene!
ResponderExcluirImpossível não ficar melancólica...
no mínimo!
Este conto tem tanto de verdadeiro como de frequente.
Pois assim é amiga!
Muitas vezes estamos muito sós porque não aceitamos os que nos estão mais próximos.
Beijinhos
Ná - Na casa do Rau
Parabéns Irene, pelo belíssimo conto, premiado com todo mérito. Muitos vivas a você pelo 1º lugar! \o/ Maravilha! Amiga, estou com blog novo e vim te oferecer award. Fiz outro Contos da Rosa exclusivo para os meus contos, deixando o original para poemas e textos menores. Um beijo. Ótimo final de semana. E desculpe não aparecer por aqui mais vezes.
ResponderExcluirOlá, querida Irene
ResponderExcluirMe senti na pele d amenina... Que dose,hein???
Ainda bem que tiveram compreensão com ela e vieram buscá-la... mesmo com motivação de que a mãe precisava muito dela também...
Bjs de paz
Oi,Irene!!
ResponderExcluirQue legal conhecer a saga da Raquel!!
Adorei o desenvolvimento!!
E parabéns pelo primeiro lugar!!
Merecido!!
Beijos!!
E aos poucos vou lendo tudo...